Não desta vez não vou "cascar" na organização, apesar da pequena perturbação que houve com as cronometragens, onde penso que foi tomada a única decisão no momento. Quanto aos troços e andamento da prova, só tenho a agradecer o facto de ter compreendido e respeitado o facto de não poder fazer toda a prova, dando-me condições para "saborear" um bocadinho de cada. No que toca ao esforço logístico deixo apenas uma sugestão: as pedras decorativas utilizadas dão um toque magistral à decoração, no entanto parece-me que constituem um perigo à integridade física dos modelos. O Miguel Queirós sofreu as consequências duma delas na "pele" do seu Mitsubischi, e mesmo eu cheguei a temer pelo meu Fiat. Se calhar uma distribuição "estratégica" das mesmas não seria pior.
No que toca aos participantes: foi com grande agrado que vi a "moldura humana" formar-se no GT Team para mais uma prova de rally. No entanto volta o problema da duração das provas à baila. Não porque me sinta afectado pelo mesmo, mas porque me parece que há arestas a limar por forma a podermos ter provas com mais passagens ou se calhar até maiores troços.
O que me parece que cada um deveria interiorizar é que uma prova de rally é tal e qual como uma prova de velocidade ou resistência. Deve haver respeito de quem está no palanque, e quem não está. O convívio é óptimo, as conversas o debate, agora não deve haver demasiado ruído de fundo a ponto de ninguém ouvir o Director ou Comissário ou mesmo piloto. Não são provas de resistência que impliquem extrema concentração, mas requerem sempre alguma.
Por outro lado vou carregar agora numa velha tecla, pistadores. Quanto tempo se perde a chamar pistadores, e a procurar pistadores e a esperar por pistadores. Temos que ter em mente que estamos numa prova que por mais tempo que percamos a ver a prova de outrém ao invés de pistar, mais tempo demoraremos a chegar ao palanque e a metermos a mão na massa. E se há pilotos como o Mendes, o Mota, o Emídio que dão espectáculo, há outros como eu que lá ambicionam chegar, logo merecemos todos o mesmo tipo de respeito e atenção por parte dos pistadores e demais público.
Se calhar um pouco mais grave ainda, e aqui sim porque houve pilotos da equipa a serem prejudicados tem a haver com a atitude de certos participantes, que muito bem se voluntariam para desempenhar funções de Comissário, mas não demonstram capacidade para tal. Um comissário ser capaz de anunciar instantaneamente que o piloto está penalizado por falha da zona de travagem, mas que não consegue anunciar que é a última volta... mais vale não falar.
Pela positiva tenho a salientar "os miúdos". Fantástica prova da garotagem, assustador mesmo. Já gatilham pelos trilhos com bastante agilidade, e vi muito empenho não só em pistar como em bem pistar. Há esperança no futuro do slot bracarense.
Ah e Miguel, uma Q Powerslide Team será sempre bem-vinda pela M Power :)
4 comentários:
Boas.
Julgo que uma ponderação pós prova é sempre proveitosa. A reflexão sobre o que poderia ter corrido melhor é muito útil, se encarada de uma forma positiva, para melhorar os próximos eventos.
No geral considero que a prova correu bem. Julgo que todos os participantes se divertiram. Pelo menos eu diverti-me, mesmo com os diversos dissabores que me aconteceram...
De qualquer forma, uma ponderação como a que sugeres, caro Morgado, não me parece que seja "cascar na organização". É uma ponderação positiva, numa perspectiva de melhoria contínua.
Infelizmente parece-me que essa perspectiva se está a perder um pouco. Tenho a percepção que, em algumas situações, a organização ou age com se tivesse atingido a perfeição, o "nirvana" organizativo ou simplesmente sem a humildade suficiente para reconhecer que errou. O resultado final é o mesmo. Se as coisas não correm bem, a "culpa" é dos participantes... mas adiante, que isso será motivo de discussão em local próprio.
Boas gatilhadas
Continuado o post anterior...
Relativamente às "facilidades" que te foram dadas, acho que é louvável permitir que os aficionados sintam o gosto das etapas quando a disponibilidade é limitada. O objctivo destes eventos é desportivo, mas também é de divulgação. Ou seja, há que criar e manter o "vício"...lol!!!
Quanto à questão do desenho das classificativas, como dizes, fui uma das vítimas (ou melhor, o meu minimodelo, que partiu) da distribuição de adereços, mais do que do traçado do troço. Parece-me que fui a única nesta prova.
Mesmo assim, sou da opinião que, por muito selectivos que sejam os troços, devem ser desenhados de modo a, por um lado, permitir a fácil pistagem (outra situação em que fui prejudicado em prova), por outro lado, limitar os eventuais danos nos minimodelos de uma gatilhagem menos "feliz" ou inspirada.
Atenção, isto não quer dizer que defenda que os troços devam ser pouco selectivos. Tudo o contrário. Apenas acho que quem desenha os troços deve assegurar que, em caso de saída, o minimodelo não fica em "cacos"...
Neste caso, nesta prova, quando alertei o responsável pelo desenho do troço em questão, ele de imediato tomou providência para impedir que o incidente se repetisse com outros participantes. Louvável a atitude deste organizador.
Relativamente à duração dos eventos, julgo que a organização, e em particular a direcção de prova, tem que tomar medidas para impor ritmo à prova. Tal atitude teria também efeitos positivos noutro dos pontos em que, também concordo, tem que haver melhorias: a pistagem.
Existem normativas nos regulamentos para gerir os participantes, os tempos, as pistagens. Não tenho visto particular cuidado em implementar essas normativas. Não sei se tais normativas funcionam ou não, se estão ajustadas ou não. É preciso utilizá-las para perceber se assim é e se são eficazes.
Assim, como tem sido até aqui, essa avaliação é impossível.
Relativamente à questão de cronometragens e comissários. A questão que levantas é pertinente. Mas também é o facto de o piloto saber com que tipo de sistema de cornometragem conta.
A organização deve assegurar que a participação em provas seja um acontecimento agradável. Só assim os participantes terão vontade de repetir a experiência e se poderá promover a modalidade.
Não concordo que os participantes sejam obrigados a ter conhecimento de qual o tipo de sistema de cronometragem que têm à disposição. Portanto é a organização, por intermédio dos comissários, que deve anunciar aos participantes qual o tipo de sistema: se pode arrancar quando quiser ou logo que o sistema é activado. Também é o comissário que deve infromar ao participante quando entra na última volta. Julgo que assim faz sentido. E se assim for, os comissários terão que ter uma forma padronizada de o fazer. É a organização, ou neste caso o director de prova, que deverá instruir os comissários sobre como actuar. E, já agora, porque não instruir também os pilotos logo no briefing inicial pré prova?
Resumindo, a prova foi muito divertida, mas há lugar para melhorarias.
Boas gatilhadas.
Boa grande Mike!
Ainda bem que esta reflexão é vista como construtiva. Tal como outros debates anteriores em que tentei fazer o mesmo, fiquei com a sensação de um certo conformismo forçado em relação a certos temas.
As minhas ideias fundamentais são duas, e uma delas vem do trabalho nas obras:
- Todos podemos e devemos contribuir com criticas e soluções construtivas, seja nos rallys ou não, aliviando um pouco assim as costas de quem as organiza logisticamente;
- (esta é das obras) dá tanto trabalho fazer algo bem, como algo "à balda", todos podemos ajudar de diversas formas na organização, haja vontade e o resto aparece.
Daí o meu apelo à pistagem, por exemplo, ser dirigido aos participantes. Todos saem a ganhar se ajudarem à prova ter fluidez. Havendo essa fluidez há tempo para fazer reportagens mais completas por exemplo. Porque assim quem as faz, por exemplo, não precisa estar constantemente a pistar e tem mais tempo por exemplo para fotografar ou gravar.
Este é só um exemplo de como as melhorias podem trazer resultados.
Por outro lado a questão do comissariado concordo com a tua opinião. No briefing deve-se instruir toda a gente sobre os sistemas de cronometragem e respectivos funcionamentos. Isso evitará quer as situações que relatei, e que foram relatadas em blogues da concorrência (eheheh), assim como também evita que as sobrinhas do Emídio passem altas secas nas provas... É quase ridículo pensar que vêm pessoas de fora da modalidade para fazer algo tão importante como básico que é comissariar um troço.
Tudo isto implica duas coisas: vontade da organização, mas se calhar mais importante vontade dos participantes. O esforço deve ser conjunto.
Abraço!
P.S.: ainda não respondeste ao desafio Q Powerslide Team...
boas.
sempre fui de opinião que, independentemente de as coisas correrem bem ou não, há espaço para melhorar. é sempre possível melhorar, com uma atitude positiva, complementada com um espiríto crítico.
Há muito espçao para melhorar a fluidez das provas. Suponho que a direcção tenha que ser mais activa, porque, de um modo geral, os participantes estão sensíveis à necessidade de participar também como pistadores. Agora se ninguém, os chamar, assobiam para o lado, naturalmente... eu sei, porque também faço assim... lol!!!
...mas se as melhorias forem no sentido de tornar a presença das nossas (já) habituais comissárias de cronometragem, bem, aí sou completamente contra!!!! lol!!!
quanto ao desafio Q? Team, passa um pouco pela disponibilidade do benjamim da equipa. Sempre que ele puder, a equipa Q estará presente (tenho que preparar umas t-shirts...;) )
Caso contrário, estou sempre disponível para a equipa principal da M powerslide. Claro que, dada a qualidade de alguns pilotos entretanto convidados, vai ser difícil justificar e assegurar o meu lugar... é a vida, as responsabilidades com os patrocinadores assim obriga...
Por falar em t-shirts, aquelas do "rali rota dos santuários - eu fui!" sempre saem?
lol!!!
Boas gatilhadas.
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