domingo, 26 de dezembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Patilhão partido - A verdade



Na sequência desta imagem, e fazendo uma pequena investigação (leia-se visita ao google) descobri que o desafortunado com o patilhão partido é Giniel de Villiers e o seu navegador Dirk von Zitzewitz. Na Hungria em 2008, de Villiers descobriu que Red Bull dá asas, mas nem tanto!

Quanto ao patilhão... foi o menor dos problemas... Aqui fica o vídeo cortesia da Eurosport. Uma visão mais próxima aqui.

domingo, 21 de novembro de 2010

Celica - A Infância - Parte 3




O segundo Celica começou a ser produzido no final de 77 e começou a ser comercializado no ano a seguir. Desta feita os níveis de equipamento e motorização dividiam-se entre os modelos ST e GT, sendo ambos propulsionados por um um bloco de 2.2 Litros.


Esta nova geração mostrava maior preocupação com os detalhes. Mais segurança, mais ergonomia, mais equipamento, mais potencia e também maior aperfeiçoamento económico no respeitante ao capítulo energético. Mais uma vez foi premiado pela Motor Trend com o título de "Carro Importado do Ano" em 78 pelo estilo, conforto, economia, performance e sucesso de vendas. A segunda geração do celica pode sub dividir-se em duas séries; a A e a B. Ambas se diferenciavam apenas, no campo visual.


Partilhando o mesmo bloco de 2.2 litros, o série A no entanto (1977-1979), tinha um pára-choques cromado nos níveis mais baixos de equipamento, assim como ópticas redondas. Os níveis mais altos, como o GT, tinham um pára-choques em plástico preto.


Jet Celica....Estes americanos...


No série B (1980-1981), os pára-choques eram pretos em plástico e as ópticas quadradas, assim como também surgiam uma série de pormenores como o friso cromado, puxador das portas etc. Em 1980 foi anunciada uma versão de 4 portas do Celica, que logo a seguir viria a ser apresentada como Toyota Camry, o segundo "spin-off" do Celica. Com esta segunda geração a Toyota estipulou um período de renovação do Celica, para 4 anos.


As alterações nesta segunda geração eram profundas no capítulo estético. Uma frente em cunha e uma silhueta mais ovalizada eram a nova cara do Celica. Devido a imposições regulamentares dos mercados europeus e americanos, na segunda geração do Celica foi introduzido o controlo de emissões de gases de escape através de um conversor analítico de 3 vias. Mais uma vez versão Liftback (do GT):


Versão Coupe (do GT)


Uma vez mais houve aqui um "spin off" do Celica. A versão liftback veio mais tarde a dar lugar ao que inicialmente se chamou Toyota Celica XX no Japão, Toyota Celica Supra no restante território mundial e finalmente, Toyota Supra. Inicialmente comercializado apenas no Japão (1980) este Celica XX não era muito diferente do Celica convencional. Os poderosos motores (entre 2000cc e 2800cc) deste Celica mostravam o "wild side" dos nossos amigos da terra do Sol nascente.




Anúncio japonês do Celica 78/79

Apesar de existirem 3 motorizações disponíveis (1600cc, 1800 cc e 2000cc) em Portugal nenhuma delas foi comercializada. Vivia-se o periodo complicado do pós 25 de Abril, com a economia nacional a conferir a especificidade dos destinos do mercado automóvel. Assim, nem sequer se tentou a sua introdução no nosso mercado. Foram ainda assim á época, importados 7 exemplares, todos eles da gama dos1600 de cilindrada.


Anúncio americano de 1981

Nos Estados Unidos foi comercializada uma série limitada em 1980 "US Grand Prix" e em 1981 uma edição comemorativa do 10º aniversário do Celica, o "GTA Coupe". No Japão foram comercializadas cerca de 70 versões do Celica MKII.


No plano desportivo esta segunda geração do Celica não teve qualquer sucesso. A TTE estava a conseguir melhores resultados com a aposta no pequeno Corolla.Aqui ficam os vídeos de uma corrida australiana em que Peter Wiliamson ficou em 12º lugar da geral com um Celica de 1979 preparado para a classe C do CAM, uma espécie de Campeonato Australiano de Gts.


Bathurst '81
(Classe A - 8 ou mais cilindros, Classe B - 6 cilindros e rotativos, Classe C - 4 ou 5 cilindros)

Wiliamson, era dono de um concessionário Toyota e piloto de competição em part time. Este senhor ficou na história das corridas australianas quando em 1980 foi o primeiro piloto a manifestar-se contra a homologação do Mazda RX7 nesta competição, concordando assim com as entidades oficiais.

Ref.ª: NEO43260

Esta geração não tem nenhuma representação no slot, muito por culpa da falta de êxitos na pista. No entanto a "Neo Scale Models" imortalizou este A40 á escala 1/43, numa cor um pouco discutível, mas... eram os anos 80 no seu melhor!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Patilhão partido...


Saída em velocidade com direito a partir o patilhão?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Celica - O Nascimento - Parte 2


O nome Celica veio do latim "celico", celestial, vindo do céu, relativo ao céu.

Em 1970 é lançada a primeira geração. Apresentada no Tokyo Motor Show em Outubro desse ano. Duas versões foram apresentadas, a LT e a ST. A diferença entre ambas para além do equipamento estava no motor. A versão mais baixa, a LT, montava um motor de 4 cilindros, 1600 cc, que debitava uns modestos 90 cv. Na versão ST o mesmo motor mas adoptando 2000 cc de cilindrada, carborador duplo da Solex (lembram-se das motocicletas?) e debitava uns valentes 113 cv.

Este bonito ST foi encontrado a circular nas ruas de Vila Praia de Ancora é de 1973



Quem conhecer o feliz proprietário desta máquina do tempo está autorizado a da-lhe o meu número.

Esta primeira geração foi comercializada entre 1970 e 1977. Para uma marca como a Toyota que iniciava na altura a venda dos seus modelos nos Estados Unidos e na Europa, as vendas deste modelo foram um sucesso. O Celica Liftback obteve, entre outros prémios, o de "Melhor Carro Importado do Ano" pela revista americana da especialidade "Motor Trend" em 1974, 1976 e 1977.
Repare-se na caixa automática de 3 velocidades opcional.

Em 1972 é introduzida a versão GT. Claramente uma aposta no campo desportivo, este menino montava o mesmo motor que o ST mas com um pouco mais de vitamina: 4 carboradores, 124 cv de potência.



Foram introduzidas "saias" laterais, vidros escurecidos, novas entradas de ar no capot, vidros eléctricos, ar condicionada, uma nova grelha frontal, e ainda assim partilhava a consola central, e os mostradores do amperímetro e da pressão do óleo. Na versão LT só encontravamos as luzes avisadoras destes dois últimos parâmetros.

Em Portugal foram vendidas 534 unidades, das quais 65 no primeiro ano de comercialização. Em Junho de 1977 é produzida a unidade 1.000.000 do Celica. Era tempo de uma nova geração...


Anúncio americano 1973

Anúncio americano de 1976


Anúncio de 1977


O plano desportivo

Em 1972 a primeira geração do Celica correu pela primeira vez no Campeonato do Mundo de Ralis. O então piloto privado Ove Andersson viu o potencial desta jovem marca e decidiu apostar nela. No entanto o sueco estava mais inclinado a preparar um Corolla em detrimento do recente Celica. Mas a fábrica conseguiu impôr a sua vontade. Andersson preparou o Celica GT e este passou a debitar uns ligeiros 140 cv (!!!).
No RAC de 72
Em 1973 pudemos ver Ove Andersson e o seu Celica em Portugal. Navegado por nada mais nada menos do que o actual Presidente da F.I.A.: Jean Todt.

Em 1975 a parceria entre Ove Andersson e a Toyota tornou-se "adulta". Ove preparava as máquinas na Suécia e as mesmas eram homologadas e registadas em Bruxelas., se da delegação europeia da Toyota, a Toyota Europe. Tinha nascido a Team Toyota.

1978 - Rali da Acrópole - Ove Andersson e Liddon

Em 1979 a Toyota Europe muda-se para na Alemanha assim como a oficina de Ove. Estava então reunida e criada a Toyota Team Europe.

O estranho caso do Toyota Celica LB Turbo....

Eis que logo no segundo capitulo me deparo com o primeiro mistério desta saga., muito por culpa do modelo reproduzido pela MRRC. De linhas agressivas onde com algum esforço se consegue ver um Celica de primeira geração, eis que me deparo com um modelo cujo o aspecto está radicalmente preparado para a velocidade. Afinal de onde aparareceu este LB Turbo Grupo 5?

Ao que fui encontrando na net (e não é muito) o Lb Turbo nasceu do preparador alemão Schnitzer em 1977. Foram então fabricados 2 modelos pela oficina alemã. A sua intenção era dotar um Celica ST de uma preparação para competir no D.R.M. (Deutsche Rennsport Meisterschaft - Campeonato Alemão de Velocidade) contra os todo-poderosos Porsche 935.



Para competir na Divisão 1, reservada a modelos de Grupo 5, o Celica sofreram enormes alterações nas suas carroçaria feitas à base de fibra de vidro. Do modelo original só sobrou o capot, as portas e o painel traseiro.



A Scnitzer dotou este modelo de um motor Toyota 18R-G com uma cabeça de 16 valvulas especialmente preparada, uma injecção Kugelfischer e um Turbo da KKK. Ao todo "sobraram" 560 cavalos (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!).


Reza a história que um dos modelos correu as épocas de 1977 e 1978 do DRM sem grande sucesso, enquanto que o segundo modelo serviria de carro de testes/apoio. Chegava a ser cerca de 25s mais lento que os 935, conseguiu uma vitória mas numa corrida não pontuável, e os problemas de fiabilidade eram uma constante. Nunca misturem componentes europeus num carro japonês...

Imagens do Campeonato Japonês de Silhuetas

Oops... terá sido aqui que acabou a carreira do LB Turbo?

Em 1979 a TOM comprou um dos modelos da Schnitzer e levou-o para correr no Campeonato Japonês de Silhuetas. Passou em 1982 para as mãos da TRUST onde correu o Campeonato Japonês de Endurance e também onde se lhe perdeu o rasto até 2000. No ano de 2000 foi descoberto numa sucata em muito mau estado ainda com as cores da TRUST.

E assim acaba a história de um guerreiro com tanta história... se me souberem dizer como posso ir busca-lo, eu vou. WANTED
Ao que parece um dos modelos ficou-se pela Alemanha tendo sido encontrado na "Autohaus Engel a Wunsiedel / Bayern" - Distribuidor Toyota que tem uma oficina de restauro. Bora lá fazer uma "vaquinha"?


O LB Turbo foi imortalizado pela Tamya (patrocinadora oficial da equipa de silhuetas onde correu o LB, a TOM) com um kit estático 1/24 e um telecomandado escala 1/10. Também a MRRC imortalizou as duas decorações fotografadas do carro à escala 1/32., supostamente referentes ao modelo DRM.
Na decoração oficial Schnitzer, o n.º 6. Quem o conduziu? Quando
Linhas agressivas e muito precisas em relação à escala real, motor mabuchi a debitar cerca de 23.000 rpm antes que consiga repetir o número em voz alta, transmissão sidewinder, pormenores deliciosos como as jantes. Porque não ver como corre na pista? 1- Não é barato, 2 - O senhor que os fez infelizmente já faleceu (questões dinâmicas para quê?)
A Cric Crac produziu ainda uma série limitada deste Grupo 5 com a decoração "GSR" (Guia Slot Racing). O exemplar da foto encontra-se na colecção pessoal de um famoso coleccionador de Braga...

Aqui ficam mais algumas imagens dos modelos que corriam no Campeoanto Japonês de Silhuetas


Charmoso, batido mas ainda mexe... uma imagem de marca.

No caso particular do LB Turbo deixo a página em aberto. Que modelo era este? Qual o seu passado? Já não existirá mais nenhum? O que se passou? Deixo o repto aos Toyotistas como eu ou historiadores em geral para darem uma ajuda a preencher os vazios.
Agradece-se qualquer ajuda na tradução das páginas acima dispostas, alemão não é a minha praia de todo...