domingo, 21 de novembro de 2010

Celica - A Infância - Parte 3




O segundo Celica começou a ser produzido no final de 77 e começou a ser comercializado no ano a seguir. Desta feita os níveis de equipamento e motorização dividiam-se entre os modelos ST e GT, sendo ambos propulsionados por um um bloco de 2.2 Litros.


Esta nova geração mostrava maior preocupação com os detalhes. Mais segurança, mais ergonomia, mais equipamento, mais potencia e também maior aperfeiçoamento económico no respeitante ao capítulo energético. Mais uma vez foi premiado pela Motor Trend com o título de "Carro Importado do Ano" em 78 pelo estilo, conforto, economia, performance e sucesso de vendas. A segunda geração do celica pode sub dividir-se em duas séries; a A e a B. Ambas se diferenciavam apenas, no campo visual.


Partilhando o mesmo bloco de 2.2 litros, o série A no entanto (1977-1979), tinha um pára-choques cromado nos níveis mais baixos de equipamento, assim como ópticas redondas. Os níveis mais altos, como o GT, tinham um pára-choques em plástico preto.


Jet Celica....Estes americanos...


No série B (1980-1981), os pára-choques eram pretos em plástico e as ópticas quadradas, assim como também surgiam uma série de pormenores como o friso cromado, puxador das portas etc. Em 1980 foi anunciada uma versão de 4 portas do Celica, que logo a seguir viria a ser apresentada como Toyota Camry, o segundo "spin-off" do Celica. Com esta segunda geração a Toyota estipulou um período de renovação do Celica, para 4 anos.


As alterações nesta segunda geração eram profundas no capítulo estético. Uma frente em cunha e uma silhueta mais ovalizada eram a nova cara do Celica. Devido a imposições regulamentares dos mercados europeus e americanos, na segunda geração do Celica foi introduzido o controlo de emissões de gases de escape através de um conversor analítico de 3 vias. Mais uma vez versão Liftback (do GT):


Versão Coupe (do GT)


Uma vez mais houve aqui um "spin off" do Celica. A versão liftback veio mais tarde a dar lugar ao que inicialmente se chamou Toyota Celica XX no Japão, Toyota Celica Supra no restante território mundial e finalmente, Toyota Supra. Inicialmente comercializado apenas no Japão (1980) este Celica XX não era muito diferente do Celica convencional. Os poderosos motores (entre 2000cc e 2800cc) deste Celica mostravam o "wild side" dos nossos amigos da terra do Sol nascente.




Anúncio japonês do Celica 78/79

Apesar de existirem 3 motorizações disponíveis (1600cc, 1800 cc e 2000cc) em Portugal nenhuma delas foi comercializada. Vivia-se o periodo complicado do pós 25 de Abril, com a economia nacional a conferir a especificidade dos destinos do mercado automóvel. Assim, nem sequer se tentou a sua introdução no nosso mercado. Foram ainda assim á época, importados 7 exemplares, todos eles da gama dos1600 de cilindrada.


Anúncio americano de 1981

Nos Estados Unidos foi comercializada uma série limitada em 1980 "US Grand Prix" e em 1981 uma edição comemorativa do 10º aniversário do Celica, o "GTA Coupe". No Japão foram comercializadas cerca de 70 versões do Celica MKII.


No plano desportivo esta segunda geração do Celica não teve qualquer sucesso. A TTE estava a conseguir melhores resultados com a aposta no pequeno Corolla.Aqui ficam os vídeos de uma corrida australiana em que Peter Wiliamson ficou em 12º lugar da geral com um Celica de 1979 preparado para a classe C do CAM, uma espécie de Campeonato Australiano de Gts.


Bathurst '81
(Classe A - 8 ou mais cilindros, Classe B - 6 cilindros e rotativos, Classe C - 4 ou 5 cilindros)

Wiliamson, era dono de um concessionário Toyota e piloto de competição em part time. Este senhor ficou na história das corridas australianas quando em 1980 foi o primeiro piloto a manifestar-se contra a homologação do Mazda RX7 nesta competição, concordando assim com as entidades oficiais.

Ref.ª: NEO43260

Esta geração não tem nenhuma representação no slot, muito por culpa da falta de êxitos na pista. No entanto a "Neo Scale Models" imortalizou este A40 á escala 1/43, numa cor um pouco discutível, mas... eram os anos 80 no seu melhor!

3 comentários:

Augusto Amorim disse...

Viva Morgado!
Belo artigo.
Gostas mesmo deste modelo!

Abraço
Augusto

Morgado disse...

Obrigados Augusto que pedes ao Augusto! :)

Como tudo na vida, com paixão tudo corre bem. Haviamos de nos apaixonar mais vezes e se calhar o mundo era um sitio melhor eheheh...

Abraçs!

Hugo Figueiredo disse...

Oh Morgado, como diria um nosso professor de Ingles, "nao andaste a fumar cigarros estranhos ultimamente?" :)


Mas ok, admito que se possa ter essa paixao por um modelo em particular. No meu caso, nao tenho esse tipo de paixoes por um só modelo, na verdade é por alguns de uma mesma marca: Fiat (*cof*)...


Abraço,

Hugo