Fabricante: Cartrix
Série: WRC
Piloto: Rui Mota
Sendo a categoria de PWRC uma categoria "secundária", as opções para o ataque da mesma são mais variadas do que na categoria rainha (WRC). Ainda assim o espirito da equipa recai exactamente na variedade em qualquer das categorias. Como tal apresentamos no Rali dos Reis Magos o Hyundai Accent da Cartrix.
A versão de demonstração deste modelo deu excelentes resultados num passado não muito distante. No entanto por exigencias de regulamento tivemos de optar por este modelo de decoração do Raly da Catalunha em 2000, dado que o showcar não tem tracção ás 4 rodas como exigido.
Montando um motor TX4000, e com um aspecto robusto este Hyundai prometia. No entanto logo antes da partida já apresentava problemas. Um patilhão demasiado alto estava a impedir que as rodas dianteiras tocassem na placa de verificação. Isto com os pneus desbastados não mais do 1 milimetro!
Ainda como se estas variáveis não chegassem, surgem mais duas: um comportamento acentuado de sub viragem, e... um sistema de suspensão desconhecido até á data. Visto que já tinha feito um artigo sobre este modelo no blog do GTTeam Slot Clube, aqui, vejo-me numa posição embaraçosa. Principalmente após verificar que a dita suspensão só trazia uma mola... ( a verde que aparece na foto acima). À falta de uma mola para emparelhar com a existente, improvisou-se uma. Com o handycap de a dureza não ser igual. Trocaram-se essas molas por outras que fossem iguais e particularmente duras (visíveis nos pilares de apoio da frente).
Após uma rápida consulta de alguns artigos sobre este modelo, o mais completo estando aqui, encontrei sugestões como esta, e que me levaram a proceder ás seguintes alterações por forma a tornar o modelo mais competitivo:
- Aplicação de uma fita adesiva por forma a prender o motor. eliminando assim as vibrações maiores;
- Para subir o patilhão e fixa-lo descobri que nada melhor que uma porca de rosca de 4mm. Encaixa com a força certa na parte superior do patilhão, e dá uns gramas a mais de peso á dianteira;
- Basculação: aperto total. vamos deixar que as molas trabalhem o eixo da frente e ver se desliza mais firme. A seguir mostro a diferença entre ter os parafusos mais soltos (a carroçaria levanta em relação ao chassi por força das molas)
Resultado dos testes na pista do GTTeam:
- Após algumas voltas denota-se uma excessiva tendencia sub-viradora... outra vez.
Solução encontrada:
- Retirar as molas para soltar o eixo frontal;
- Aliviar os parafuos para permitir a basculação;
- Subir a porca de fixação cerca de dois milimetros, permitindo assim uma ligeira folga para o patilhão trabalhar.
Resultado: estabilidade melhorada substancialmente. Curva em segurança, adimitindo até abusos e genuínos powerslides.
Falta agora estudar a margem existente para baixar os pneus frontais, sem perder tracção nos mesmos, e trabalhar os pneus traseiros para melhorar a sua aderência. Eventualmente aligeirar o patilhão, mas á partida não deu sinais de ser necessário.
Mais noticias em breve sobre este verdadeiro case study.
Boas preparações.
3 comentários:
Belo trabalho executado, num dos carros que mais complicações me criou na sua condução.
Parece mesmo que conseguiste fazer alguma coisa por forma a torná-lo competitivo.
Bom trabalho e bom artigo. Parabéns.
Boas
Um bico de obra para afinar...
Quanto a apertar os parafusos ao máximo, apenas resultou em comprimir completamente as molas anulando o seu efeito. Isso faz-se quando a basculação é dada no berço ou nos eixos. Neste caso a suspensão trabalha entre o chassis e a carroçaria pelo que o aperto entre ambos tem que ter folga.
Boas corridas
Meu caro Mota, as complicações não foram por acaso :)
Assim como meu caro Pedro, ainda bem que é um bico de obra. Até ver a melhor opção é mesmo retirar as molas e deixar uma ligeira basculção atrás.
No entanto vou tentar encontrar molas mais macias, tal como a original que é filha única infelizmente...
Obrigado e boas preparações
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